É como uma mensagem de esperança que guia nossos passo e enche nosso coração.
Ainda o Sol brilha, já temos o Santuário com quase 1/3 ocupado, pelo que me diz os meus olhos de quem observa o chegar de pessoas a esta, que deve ser uma emblemática celebração da Peregrinação Internacional Aniversárias das aparições de Nossa Senhora em Fátima.
Peregrinos (como chamamos todos que chegam a Fátima) chegam desde todas as regiões de Portugal e de diferentes países.
Peregrino no caminho entre Minde e Fátima (2023)
Gosto de ver o colorido dos coletes amarelos e por vezes laranja, as t-shirts indicativas dos grupos e das localidades. O sorriso da mulher que atravessa a rua, mesmo a pular com um pé, a estar o outro machucado. A concentração do guia que traz os peregrinos. O ar de seriedade do menino que atravessa a rua, com um colete maior que si, onde nas costas se lê: peregrino.
Muito chegam a pé, pelas rodovias e pelos campos. Sou adepta desta segunda opção, vir pelos campos, como já indica a etimologia da palavra de origem no latim per agri, “pelos campos”. Vejo-os chegar e meu coração se enche de alegria. São muitos os sacrifícios que se fazem para uma jornada a pé, chegar ao destino Fátima é, sem dúvida uma vitória.
Muito vêm de autocarro, são peregrinos também, alguns atravessam o oceano.
O que os traz a Fátima? Promessas, gratidão, oração, curiosidade, turismo.
Olho o Santuário, neste fim de tarde de 12 maio e percebo com alegria e coração renovado que mais uma vez vamos comemorar este dia importante. Faz-me lembrar da escolha que fizeram aquelas três crianças, quando Nossa Senhora lhes perguntou:
– Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores? – Sim, queremos – foi a nossa resposta.
Do Livro Memórias da Irmão Lúcia, pg. 82.
E se elas tivessem dito “não”?… Ainda bem que disseram sim. Pois, assim estamos, a encher este dia lindo, de céu azul, a comemorar o amor que Nossa Senhora tem por nós e a coragem destas três crianças em acreditar que era possível rezar pela salvação de todos nós da humanidade.